Tempo de Mudanças

Durante minha vida “adulta” passei por fases que classifico como fases de mudanças. É um período onde fico mais estranha, quieta, avaliando as coisas ao redor com cuidado. Muitas vezes mudo o convívio com as pessoas, penso mais nas tomadas de decisão e não as tomo por impulso. São períodos na maioria das vezes longos e que só percebo quando saio uma pessoa diferente deles; um diferente que avalio como melhor.

É normal, a gente cresce, coisas acontecem e com isso nossas prioridades mudam. Muda a maneira de encarar a vida, o grau de importância que damos a algumas coisas, às pessoas que fazem sentido, e o peso que tudo isso tem na nossa vida.

Hoje ligo menos para o que falam. Hoje dou valor a quem demonstra sentimentos. Dou muito peso à minha família. Estou mais dura, choro menos, o que não quer dizer que não tenha vontade. Valorizo amizades que quando estive nessas “fases de mudanças” estavam lá e entenderam que as coisas não eram as mesmas, mas que eu era. E que a relação de nenhuma maneira mudou. Me importo com quem se importa comigo, e com quem não se importa ou faz questão de ser negativo, deixo de lado. Penso em projetos, novos e antigos, e em como tirá-los do papel. Tenho o foco em mim.

Se parar pra pensar, todos os relacionamentos interpessoais são sobre isso, sobre entender essas mudanças em quem gostamos e entender sem julgamentos. E que bom que a gente muda! Sinal de que andamos, vivemos, sentimos, erramos e não estamos na zona de conforto. Evoluímos.

Não quer dizer que não goste mais de algumas pessoas, ou nem que não dê valor ao que passou. Muito menos que não vou mais chorar. Pode ser que os caminhos me levem a uma nova fase de mudança que eu fique chorona e nostálgica ou apaixonada e forte. Isso é o mais incrível dessa coisa louca que chamamos de vida.

O fato é que as prioridades mudam, e com elas distinguimos o que vai, o que fica e o que vem de novo na vida dessa nova pessoa que nos tornamos.

Uma vez li uma frase que não lembro onde nem de quem era, mas dizia mais ou menos assim: “Feche algumas portas. Não por orgulho, incapacidade ou arrogância, simplesmente porque elas já não levam à lugar algum.”

E que outras portas e janelas se abram para o que ainda está por vir.

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